segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O CRESCIMENTO PODE SER PERPÉTUO?

Resumo do artigo publicado por mim (Jaqueline dos Santos Gonçalves[1]) na XIII Semana de Iniciação Científica sob o tema: Ciência e Cultura Percursos e Desafios pelo Departamento de Economia / URCA, jaqueline_goncalves@yahoo.com.br

É permitida a reprodução desde que citada a fonte.

Após longos processos de modelos de desenvolvimento em um contexto de possibilidades limitadas, e tendo em vista a exigência de medidas compatíveis com uma realidade de um mundo com limites físicos, este trabalho tem o objetivo de mostrar a necessidade de superação dos modelos de desenvolvimento, que está a exigir uma revisão ao mesmo tempo histórica e teórica da mudança econômica de longo prazo, tendo em vista a importância do processo de desenvolvimento como um fenômeno único na história, a busca por uma alternativa para ele mostrou-se relevante para escolha do tema e através do levantamento de fontes bibliográficas foi possível observar que uma solução sólida tem que ser procurada. Um dos desafios atuais é melhorar a compreensão das complexas interações entre humanidade e biosfera, e uma das noções mais importantes da discussão foi à abordagem do ecodesenvolvimento, depois renomeada desenvolvimento sustentável e vem sendo aprimorada, mas está longe de ter suplantado as velhas visões sobre o desenvolvimento. Nesse contexto as idéias de Serge Latouche se inserem como uma verdadeira crítica à sociedade do crescimento pelo crescimento. De um sistema baseado na desmedida que nos conduz ao impasse, nas palavras de Latouche “um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito e que tanto nossas produções como nossos consumos não podem ultrapassar as capacidades de regeneração da biosfera”. Portanto, esse desenvolvimento, considerado alheio de limites físicos, que permite a manutenção e/ou ampliação do modelo capitalista e de suas taxas de lucro como um elemento de seu processo de expansão, utiliza-se do aspecto da imposição de um padrão cultural de consumo, que “está pautado numa concepção linear e cumulativa do tempo na crença da possibilidade de dominar a natureza e na convicção de que se trata de uma missão sagrada para a humanidade”. Logo, fica claro a exigência de mudanças culturais, estruturais, políticas, econômicas e, sobretudo, sociais; portanto, para rever de maneira profunda o atual modelo de progresso de uma sociedade do crescimento perpétuo.

Palavras-Chave: Modelos de Desenvolvimento; Limites Físicos; Biosfera; Padrão Cultural; Crescimento Perpétuo.



[1] Estudante do Curso de Ciências Econômicas da Fundação Universidade Regional do Cariri - URCA do Departamento de Economia do Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA; E-mail: jaqueline_goncalves@yahoo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário